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  • Patricia Adnet

Depressão


Com o progresso das pesquisas a respeito dos transtornos psicológicos e psiquiátricos nos últimos anos, diversos tratamentos são desenvolvidos e aprimorados para que se tornem cada vez melhores e eficazes. Apesar disso, ainda há muitos questionamentos com relação à depressão e suas consequências na vida de quem sofre com este distúrbio e também com os familiares que o acompanham.

O transtorno depressivo tem como características sintomas que vão além da tristeza, comumente conhecida. Sentir-se triste em algum momento ou etapa da vida, como reação à perda, por exemplo, é natural e necessário, pois é uma emoção básica a qualquer ser humano, assim como a alegria, o medo e a raiva. O que leva uma pessoa a receber o diagnóstico de depressão é um conjunto de fatores que a fazem sofrer em alto grau, prejudicando seu desempenho social e ocupacional ao longo de seu cotidiano.

Os sintomas descritos a seguir envolvem desde queixas somáticas, ou seja, corporais, até as de conteúdo psicológico e devem estar presentes por no mínimo 2 semanas:

- dores das mais diversas, tonturas, mal-estares não definidos, formigamentos, peso e vazio na cabeça ou no corpo, tremores, aperto no peito, arrepios, angústia, nervosismo;

- cansaço, falta de energia, dificuldade de concentração, isolamento social, preocupação desagradável maior que o necessário;

- tristeza recorrente, irritabilidade, desânimo, falta de vontade, sensibilidade, choro com facilidade.

Além destas características, a maioria dos depressivos apresenta enorme sentimento de culpa, acreditando que estão decepcionando os outros, sentem-se desvalorizados, inferiores, incompetentes e tudo parece exigir grande esforço, devido à baixa de energia. O sono fica prejudicado, assim como o apetite e o desejo sexual. Em casos mais graves, cerca de 15% dos deprimidos, a ideia de suicidar-se pode aparecer, pois a pessoa acredita que não há mais razão para continuar vivendo desta maneira.

Dentre as causas da depressão, encontram-se variáveis biológicas, históricas, ambientais e psicológicas. Estas incluem distúrbios no funcionamento do cérebro, pessoas na família com depressão ou alcoolismo, eventos negativos da vida, falta de apoio social e falta de auto-estima a longo prazo. Com todas estas questões interligadas, o deprimido interfere significativamente não só em sua própria vida, como na de seus familiares, amigos e no trabalho. Por isso, quem convive com o depressivo sofre junto, pois precisa ter força para tentar compreendê-lo e ajudá-lo.

O tratamento para o transtorno depressivo tem evoluído nos últimos 20 anos de forma rápida e abrangem medicação e atendimento psicológico. A psicoterapia tem como função não só acelerar a recuperação da pessoa deprimida, como também manter as melhoras e, se possível, reduzir a probabilidade das recaídas. Tudo isso, por meio de todo um cuidado na avaliação do caso específico, visando acolher em primeiro lugar, para que durante o processo terapêutico o paciente possa aprender novas habilidades sobre como lidar com a depressão.

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