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  • Patricia Adnet

Tricotilomania


Mais conhecida por seus sintomas do que pelo seu nome, a Tricotilomania é um transtorno do controle de impulso ou hábito nervoso caracterizado por pessoas que arrancam os fios de cabelo e/ou pêlos do corpo (do grego, trico = cabelo, tilo = arrancar, mania = mania). Quando este tipo de comportamento ocorre com muita freqüência, sem o devido controle, resultam em falhas e lesões nas áreas afetadas.

Envolve esta constante retirada de cabelo em uma determinada área do couro cabeludo, mas também podem ser os cílios, sobrancelhas, axilas, bigode, barba, perna, peitos e púbis. Geralmente, a pessoa sente uma tensão muito grande antes de arrancá-los e um alívio/satisfação no momento ou após a ação de arrancar. Há ainda aqueles que dizem sentir uma coceira forte na região que só é aliviada quando da retirada dos fios. As conseqüências deste hábito são as falhas enormes, irritações, ferimentos da pele e até infecções que aparecem, fazendo com que as pessoas usem perucas, apliques, maquiagem, cílios postiços, dentre outras formas de tentar esconder as lesões que geram vergonha no contato social.

Existem situações que podem facilitar este tipo de comportamento, como as consideradas estressoras ou em momentos de distração ou monotonia. Geralmente, na presença de outras pessoas o ato de arrancar os fios e/ou pêlos não acontece, exceto na presença de membros da família mais próxima. Além disso, quando alguém está sozinho e passando por questões emocionais, como aborrecimentos ou ansiedade, a Tricotilomania tende a se desenvolver.

Importante ressaltar que este hábito, em geral, faz a pessoa engajar-se em um comportamento de manipulação dos fios, ou seja, ela examina os fios arrancados, enrola nos dedos, brinca, aperta, sente a textura, passa em volta da boca e, até mesmo, os engole. Quando há a ingestão dos pêlos, que se chama Tricofagia, o organismo apresenta sérios danos como problemas intestinais, anemia, dores abdominais e náuseas.

Este hábito nervoso ocorre tanto em adultos (em geral nas mulheres) como em crianças, sendo que nestes últimos o início se dá entre os cinco e oito anos e pode ser passageira. É fundamental a observação dos pais e/ou responsáveis quanto à freqüência e à quantidade de perda de cabelos e/ou pêlos.

O tratamento para a Tricotilomania existe e, na maioria dos casos, tem cura, sendo realizado por psicólogos (as terapias funcionam em 85% dos casos), psiquiatras (com a necessidade ou não do uso de medicação), dermatologistas (tratarão das áreas afetadas e recuperação dos fios) e ajuda dos parentes próximos. As pessoas que tratam este transtorno passam a ter uma vida normal e feliz novamente, pois uma vez recuperada dos traumas, existe a possibilidade dos fios e/ou pêlos voltarem a crescer.

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