Onicofagia (do grego onico = unha e fagia = comer) ou roer as unhas é um comportamento caracterizado por colocar a unha na boca de tal forma que o contato entre uma unha e os dentes pode levar a unhas ou gengivas danificadas. Os movimentos envolvem desde morder a unha e perdê-las, até morder os dedos e cutículas e mastigá-los.
As formas leves e graves de onicofagia foram comparados aos hábitos nervosos e podem ser categorizados dentro dos "transtornos do controle de impulsos não especificados". A onicofagia é um comportamento indesejado e difícil de modificar, pois é interessante notar que a maioria dos indivíduos que roem unhas está motivada para deixar o hábito e já tentou parar, mas foi geralmente mal sucedida em fazê-lo. A prevalência de roer unhas é provavelmente subestimada, visto que muitas pessoas escondem suas mãos e tem vergonha deste problema e isso pode levar ao não-reconhecimento por profissionais médicos.
As causas para este transtorno estão sendo estudadas e a genética já tem sido relatada. A onicofagia pode ser um sinal de ansiedade, tendo por função reduzi-la. Porém, se por um lado, pessoas ansiosas dizem ter maior probabilidade para emitir este comportamento, por outro os portadores de roer as unhas demonstram que é um problema que está além da ansiedade. Outros pesquisadores relataram que a onicofagia é um hábito adquirido, que não reflete uma perturbação emocional.
De qualquer maneira, quando roer as unhas traz conseqüências negativas e prejuízos para o indivíduo é necessário iniciar um tratamento o mais rápido possível. Para isso, é fundamental a parceria de médicos dermatologistas, para examinarem a intensidade do dano causado na pele dos dedos e se a unha voltará a crescer; psiquiatras, a fim de avaliarem possíveis transtornos associados a onicofagia e se será preciso o uso de medicações; e de psicólogos que irão atuar tanto na investigação da origem do problema, quanto diretamente no comportamento indesejável para que a pessoa possa ter novamente sua qualidade de vida restabelecida.