Cada vez mais associados a problemas emocionais e transtornos psiquiátricos, os maus-tratos na infância interrompem o processo de desenvolvimento saudável das vítimas, levando-as a uma seqüência de medo e dor. Maus-tratos em crianças implicam em qualquer ato que represente risco iminente à vida da criança, os quais podem resultar em morte, sérios danos físicos e/ou emocionais.
A classificação dos maus-tratos envolve quatro categorias: negligência, abuso físico, abuso emocional (psicológico) e abuso sexual. Considera-se negligência o abandono e o não-oferecimento de necessidades básicas da criança, como nutrição, vestimenta, higiene e supervisão. A violência física ocorre quando uma criança foi agredida, chutada, sacudida, jogada ou queimada.
O abuso emocional inclui chantagens, punições, ameaças, rejeição, isolamento, depreciação, discriminação em relação à criança ou ao adolescente. O abuso sexual é caracterizado por qualquer atividade sexual com um menor. O ato inclui contato sexual acompanhado por força ou ameaça de utilizá-la e pode variar desde assédio até penetração.
As principais conseqüências dos maus-tratos na infância ocorrem nas esferas comportamental, emocional, cognitiva, acadêmica e interpessoal, comprometendo a auto-estima. Mesmo que crianças vitimizadas sejam afastadas de seus locais de sofrimento, os efeitos do trauma repercutirão em toda sua vida. É preciso que profissionais das áreas da saúde, da educação e da justiça, junto à sociedade combatam cada vez mais estes atos covardes, a fim de reduzir a incidência dos mesmos.