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  • Patricia Adnet

Bulimia


Os transtornos alimentares são graves doenças psicológicas associadas com reduções substanciais na qualidade de vida. Tendo em conta consequências negativas e ao fato de que a utilização dos serviços de saúde entre pessoas com transtornos alimentares é relativamente alta, é particularmente importante para os profissionais de saúde avaliarem adequadamente estas desordens.

A Bulimina Nervosa é um destes transtornos e como tal merece bastante atenção. A bulimia pode ser classificada sob três aspectos principais:

- episódios de compulsão alimentar: um consumo (ingestão) descontrolado de uma quantidade excessivamente grande de alimentos, em um curto período de tempo;

- compensação do comportamento com purgação e/ou sem purgação: vômitos auto-induzidos, abuso de laxantes, diuréticos; exercício excessivos e rigorosos, jejuns ou dietas extremas;

- auto-avaliação negativa influenciada indevidamente pela forma e o peso do corpo: ênfase excessiva na forma do corpo e medo de ganhar peso.

A prevalência deste transtorno é maior entre as mulheres (1,0% -1,5%), com início na adolescência ou fase inicial da idade adulta. No entanto, muitas vezes secretos e sem estigmas físicos óbvios, tais como o emagrecimento, os pacientes com bulimia podem evitar a detecção, pois apenas uma minoria procura tratamento. Todos os profissionais da saúde devem estar devidamente atentos para a perda de peso considerável, particularmente em pacientes de peso normal anteriormente.

Achados no exame físico podem não detectar a presença do transtorno, já que a maioria dos pacientes vai ter um peso normal. É importante observar sinais, como calos ou escoriações no dorso das mãos, causados pelo contato repetido com os dentes durante o vômito auto-induzido. Freqüência inesperada de cárie e erosão do esmalte dos dentes de vômitos repetidos são outros sinais físicos, além de disfunção intestinal (por exemplo, inchaço, função intestinal lenta) são comuns complicações médicas da bulimia.

A bulimia também pode estar associada muito frequentemente a outras psicopatologias, como a depressão, ansiedade e abuso de substâncias. Por esta razão, é importante notar que as pessoas com transtornos alimentares variam muito na apresentação dos sintomas, sentem vergonha sobre sua incapacidade de controlar sua alimentação e peso, e podem ter medo do julgamento pelo profissional da saúde.

Dessa forma, os tratamentos mais eficazes para os pacientes com Bulimia Nervosa partem de um esforço coordenado multidisciplinar, envolvendo muitas vezes o tratamento psicológico especializado, gestão de medicamentos e acompanhamento médico, sem nenhum julgamento. A psicoterapia cognitivo-comportamental é a mais indicada, pois incide sobre a modificação de comportamentos específicos e formas de pensamento que mantêm a compulsão alimentar e purgação.

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