Um dos processos vitais para o ser humano é a respiração. Sem ela, obviamente, o mesmo deixa de existir, já que não há mais entrada e saída de gases para o organismo. Assim como para os pulmões, o equilíbrio entre oxigênio e gás carbônico, é fundamental para o coração e o cérebro. Este movimento é feito quase involuntariamente de forma contínua o tempo inteiro. No entanto, ao alterar a frequência e a intensidade da respiração, muitas vezes, a homeostase que a respiração traz é alterada significativamente.
A ativação de determinados pensamentos e emoções podem levar a uma desestruturação fisiológica. Ou seja, em casos como quando a ansiedade é elevada a altos índices ou em explosões de raiva, substâncias são lançadas pelo cérebro envolvendo todo o corpo de maneira automática e veloz. Sintomas e sensações são sentidos imediatamente, entre eles, tontura, dor de cabeça, formigamento nas extremidades, como mãos e pés, sudorese excessiva, coração acelerado e, uma das que mais incomodam e são percebidas é a respiração acelerada, descompensada, até mesmo uma hiperventilação.
Este tipo de respiração, se não controlado com o tempo, pode se tornar um padrão e trazer muito desconforto, quando não dispara crises de pânico, sensação de morte iminente, preocupações catastróficas e diversas outras consequências. O cérebro deixa de receber a quantidade de oxigênio necessária para o seu bom funcionamento, gerando problemas com o sono, falta de atenção e concentração, cansaço, dores no toráx, pressão na cabeça. E tudo isso, muitas vezes, pela falta da regulação da respiração.
A chamada respiração diafragmática recebe esta denominação por estar concentrada no músculo abdominal, responsável por dar a profundidade necessária à entrada de oxigênio. Quando feita de forma correta, reduz automaticamente as sensações desagradáveis que surgem nas crises de ansiedade, estresse, e outros tantos transtornos psicológicos. É uma respiração que recebe treinamento para que possa se tornar um hábito saudável e um excelente recurso em situações emergenciais.
Na terapia cognitivo-comportamental, é uma ferramenta muito utilizada para ensinar os pacientes a se autorregularem, a controlarem seus pensamentos e sentimentos, dando-lhes a oportunidade de perceberem o quanto podem e são responsáveis por gerenciar seu próprio corpo. Desta forma, começam aumentar sua autoconfiança sabendo que são capazes de enfrentar seus medos e situações difíceis em seu cotidiano, trazendo mais bem-estar para suas vidas.
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