Necessidade de amor, esperar por reconhecimento ou procurar por segurança são desejos naturais e válidos para qualquer ser humano em suas relações. Certa quantidade de dependência emocional está presente em muitos relacionamentos, incluindo os saudáveis. É preciso desenvolver a auto-estima, a capacidade de admitir erros, a responsabilidade de assumir os próprios atos e a aceitação dos sentimentos e comportamentos dos outros, a fim de estabelecer e manter os vínculos positivos e sadios.
A insegurança, presente principalmente na intimidade, traz um misto de irreflexão e precipitação, levando a pessoa a perder o senso dos limites individuais. Quase sempre, o ser humano confunde os seus objetivos, desejos e conflitos com os de outrem, como os de seus pais, filhos, irmãos, amigos ou cônjuges. Quando estes últimos estabelecem para si algum tipo de mudança, seja por nova ligação íntima formada, seja porque, simplesmente, novos rumos foram traçados, a pessoa fica completamente desestabilizada e desesperada, passando a agir por impulso e gerando consequências, as mais das vezes, irremediáveis.
Com isso, a insegurança transforma a natural vontade de amar em uma necessidade patológica de satisfação, somente alcançada através da possessividade do amor. Distanciados cada vez mais de uma vida mais autônoma, os inseguros submetem-se a princípios e a pessoas diferentes de seu modo de pensar. Usar a própria intimidade como guia, compreender suas sensações, sentimentos e comportamentos é a chave essencial que trará segurança e equilíbrio para as relações.
A psicoterapia permite o ser abrir as portas de si mesmo para ir em busca de seu autoconhecimento, identificando suas crenças mais profundas e enraizadas, entendendo seu padrão de funcionamento. A partir daí, aceita-se de forma plena e está pronto para a mudança interna, passando a se sentir seguro para qualquer escolha e/ou situação que a vida imponha.
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