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Empatia: a conexão que importa

Patricia Adnet

Ano 2020: marco histórico de nova pandemia que fez a civilização mundial recolher-se. Mais que orientações, as pessoas se viram obrigadas, em prol de manterem-se vivas, a ficarem protegidas em suas casas e a saírem somente em extrema necessidade, com o uso correto de máscaras e álcool em gel, por exemplo. Caso todos adotassem esta conduta, o número de infectados e mortes seria significativamente menor.


E o que isso tem a ver com empatia? Desde que mundo é mundo, a sociedade se desenvolve e cresce à medida que ocorrem as relações interpessoais, sejam elas no trabalho, âmbito familiar, acadêmico, social. E para tanto, são necessárias habilidades sociais que o homem aprende e repassa a cada geração. Contudo, nem todos os indivíduos apresentam estas habilidades ou uns apresentam mais ou menos que outros. A empatia é uma delas, fundamental para um convívio saudável e mais equilibrado entre os seres humanos, já que o torna mais produtivo e duradouro.


Basicamente, empatia pode ser definida como a “capacidade de se colocar no lugar do outro”. Isso significa que uma pessoa compreende de forma genuína os sentimentos e necessidades de alguém, sensibilizando-se com sua forma de interpretar a si e ao mundo. Além desta compreensão, expressá-la verbalmente permite que o outro se sinta acolhido. No sentido contrário, a sua ausência ou déficit prejudica as relações, já que incide na falta de autorregulação e autocontrole emocionais, levando a comportamentos individualistas e agressivos.


Ao escolher não seguir as diversas orientações médicas e/ou governamentais a fim de reduzir a quantidade de infectados, saindo às ruas sem os devidos cuidados, esta pessoa não está prejudicando somente a si própria, como consequentemente, colocando em risco quem está próximo a ela. Isso é falta de empatia. Daí, a importância do conhecimento e busca por informações: entender que muitas pessoas trabalham nas ruas, hospitais, clínicas, entre outros setores, para atender a população da maneira mais eficaz, dentro das possibilidades; que infelizmente nem todos têm vaga nos hospitais; que faltam recursos; e que a cada dia muitos perdem sua fonte de renda, vendo-se à míngua.


De nada adianta as altas tecnologias disponíveis para conectar uns aos outros durante o distanciamento social, como celulares, internet, computadores, entre outros dispositivos, se o que mais importa é a conexão entre sentimentos e pensamentos: saber que ao escolher proteger a si próprio, está protegendo quem está próximo; compreender que ao se contaminar, avise com quem manteve contato. Condutas como esta podem evitar não só a transmissão do vírus, como o falecimento de tantas pessoas.


Ser empático não irá trazer a cura, não desenvolverá vacinas. Ser empático, contudo, pode sim evitar que muitas famílias se desconectem, se desestruturem e fortalecerá as relações, permitindo que o mundo evolua em relação aos comportamentos sociais e minimizem as consequências negativas da situação grave vigente.

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