Novembro Azul e a Saúde Mental Masculina
- Patricia Adnet
- 4 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 19 de dez. de 2019

Outubro chegou ao fim, com a campanha sobre a conscientização sobre o câncer de mama, a fim de alertar as mulheres de todo o mundo: a luta continua o ano todo, todos os anos. No entanto, existe outro movimento de fundamental importância que ocorre todo mês de novembro, chamado de Novembro Azul – quando é chamada a atenção de toda a população para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata, que atinge milhões de homens no mundo inteiro.
O movimento teve seu início na Austrália em 2003 e foi adotado pelo Brasil em 2014, pela parceria do Instituto Lado a Lado pela Vida e a Sociedade Brasileira de Urologia. De acordo com o INCA – Instituto Nacional de Câncer, o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum, com mais de 60 mil novos casos somente em 2018, sendo a causa de muitas mortes. E mesmo com todas as ações em prol da saúde masculina, diversos homens negligenciam a própria vida, evitando consultas médicas periódicas. Por que será que isso acontece?
Além dos tabus que ainda assolam a sociedade brasileira de que homens devem ser fortes a todo custo, não choram ou não ficam doentes e morrem, existe o preconceito a respeito da saúde mental masculina, gerando vergonha, orgulho, medo e ansiedade ao se pensar em tanto prevenir quanto buscar ajuda relacionadas à próstata ou qualquer outro órgão sexual. Esta postura leva muitos deles a descobrirem a doença já num estado avançado, as mais das vezes sem chance de tratamento.
Dentro das clínicas e consultórios de psicologia e psiquiatria, inúmeros casos de transtornos de humor, como a depressão, e de ansiedade, como fobias, são recebidos mensalmente, sem contar os atos e/ou tentativas de suicídio de homens que não suportaram lidar com o diagnóstico de câncer, deixando revolta e tristeza a seus familiares e amigos.
É preciso entender que sentir medo, raiva e até mesmo não aceitar o diagnóstico são altamente naturais para o ser humano, no seu instinto de sobrevivência. No entanto, faz-se necessário permitir-se parar para entender o que está acontecendo, buscando conhecimento e saber que o tratamento existe e avança a cada dia e que atualmente as equipes médicas trabalham em conjunto com todo o suporte de diversas áreas profissionais, como enfermagem, psicologia, psiquiatria, assistência social, terapia ocupacional.
Homens: enfrentem seus medos, façam consultas regulares, contem com o suporte de pessoas de confiança e não deixem de se cuidar. A prevenção é essencial, mas todo cuidado a favor de si mesmo é válido: ao detectar a doença, lute sempre e persista pela sua vida!
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